Em plena era tecnológica, onde a inovação corre solta, falta tato na interação com o outro, seja na área profissional ou pessoal.
E o que vem a ser tato? O sentido perceptivo ao toque, ao olhar, a maneira como sentimos e enxergamos a vida.
Muito se fala de habilidades, competência, mas pouco se enaltece a interação com o outro.
Há cobrança por metas, resultados sem se importar com a maneira de chegar neste processo.
É perceptível o desgaste físico e principalmente mental das pessoas por não terem o auxílio apropriado para execução do seu trabalho.
Falta uma liderança que enxerga no outro a sua extensão, que vê o trabalho como todo, algo contínuo em sua interação.
Muito se fala de propósito e missão, mas pouco se faz para a qualidade do profissional e excelência no desempenho.
Quando há uma falha no resultado o problema está na comunicação, na interação pessoal.
Há vários exemplos de empresas que descobriram como valorizar e incentivar o bom profissional, mas ainda há muitas empresas que desconhecem esta ação.
Por trás de um excelente profissional há um ser humano complexo que precisa ser olhado com tato, com cuidado para exercer o seu melhor.
Um bom profissional fica onde ele é valorizado, caso contrário sai em busca de uma nova realização.
O mundo está repleto de bons profissionais, é lamentável que muitos se perdem pela triagem de quem não sabe escolher.
Um exemplo pessoal a parte: adoro conhecer processos e outro dia participei de um para escolha de um candidado.
Fique claro que não sou contra a ferramentas digitais, mas elas não devem ser decisivas e nem únicas no processo.
Neste caso, somente a ferramenta digital foi utilizada para decidir a escolha do candidato. As perguntas utilizadas não tinham sentido algum para tal processo.
A experiência chocou o meu conhecimento a tal ponto que fizemos uma reunião familiar para debater o ocorrido. Todos foram unânimes em avaliar este processo inválido diante de perguntas inconsistentes para análise de um profissional qualificado.
Fiquei realmente surpresa e curiosa para saber como este processo foi selecionado e aceito por alguém para selecionar um bom profissional.
Fica a dica para as empresas, ainda somos humanos e devemos ter tato para que a interação entre nós seja perfeita. Habilidade, competência, garra e determinação não são números, são neurônios utilizados e reconhecidos.
Tânia Gorodniuk
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