Uma história real:
Era começo de ano estava no meu primeiro emprego, um cursinho preparatório para vestibular.
Trabalhava no controle das listas de aprovados nas faculdades. Meu chefe pediu para buscar uma lista na Faculdade em São Bernardo do Campo juntamente com o motorista da empresa. Na volta ao parar no semáforo para pedestres o carro que vinha atrás não conseguiu frear e bateu na traseira. Estava com o colo repleto de listas, no impacto bati a cabeça no vidro. Sem o cinto de segurança o meu corpo curvou-se totalmente para frente. Na hora senti uma forte dor de cabeça, o acidente ocorreu em frente a um Pronto Socorro. Fui até lá, deram apenas um analgésico e me dispensaram.
No dia seguinte não conseguia engolir nada, doia a garganta. Meu pai me levou ao hospital e lá diagnosticaram uma pequena lesão na área cervical, usei coleira imobilizadora por meses. O médico deu os parabéns para o meu pai e disse: "sua filha nasceu novamente".
Não vi o carro depois da batida, era um Uno Mille, meu pai relatou que o carro ficou pela metade, do porta malas até o banco do motorista, o carro sumiu. Quem viu o carro não imaginaria que alguém saiu vivo deste acidente, só por milagre!
Na época com apenas 18 anos, jovem, começando a vida, sem conhecimento, fui imprudente.
Realmente aconteceu um milagre por eu estar sem o cinto de segurança, poderia ter quebrado o pescoço e ter terminado ali a minha história.
Passados alguns anos, morava em São Roque, tinha acabado de dar à luz a minha segunda filha em São Paulo. Ela ficou internada após o seu nascimento, como tive alta fui para casa buscar algumas roupas e retornar a SP para ficar com ela. Na estrada havia uma pequena subida, e ao passar tivemos que brecar bruscamente pois havia uma fila de carros parados à frente. O carro que vinha atrás não conseguiu parar a tempo e bateu no nosso carro, desta vez eu estava de cinto de segurança e evitei um acidente. Pedi desculpas ao motorista e expliquei que estava a caminho do hospital para ver minha filha recém-nascida, eu ainda estava com a pulseira de identificação do hospital. O motorista solícito entendeu e trocamos os telefones para posteriormente conversarmos sobre os carros.
Hoje educo os meus filhos sobre a importância do uso do cinto de segurança tanto no banco da frente quanto no de trás, sempre! Pode ser um quarteirão apenas, sempre com o cinto de segurança. Um acidente acontece nas horas mais inusitadas e nem sempre se está em excesso de velocidade.
Cuidado sempre, no volante atenção máxima!